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Testando a cerveja
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Quarta, 14 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Neste artigo vou mostrar uma técnica que está sendo muito utilizada entre os cervejeiros caseiros. O "express carbonator".
E o que é isso?
É uma técnica de carbonatação da cerveja, utilizando-se para isso uma garrafa PET, com o auxílio de um equipamento especial. O Express carbonator.
E qual é o objetivo?
Muita gente pode achar que este equipamento serve pra carbonatar a cerveja e beber, mas eu prefiro dizer que ela serve para dar uma pré-estreia da cerveja e permitir que você tenha um tempo pra definir qual o "tempero" que você vai dar para sua cerveja.
Eu explico!
Certa vez eu fiz 20 litros de cerveja. Como o objetivo era uma IPA, seria importante que ela tivesse um amargor presente. Para isso eu utilizei um extrato de lúpulo que pode ser adicionado à bebida depois de pronta. A questão é: Quanto? Não sei. Só provando.
A ideia é adicionar o extrato antes de carbonatar, mas o ideal seria testar antes para se ter a ideia de quanto colocar. Não queria uma IPA fraquinha muito menos um treco amargo que nem chá de boldo.
Então qual é a ideia?
Carbonatar um litro desta cerveja utilizando uma garrafa PET e o express carbonator. Para isso é necessário um cilindro de CO2 com manômetro, um garrafa PET preferencialmente de refrigerante gasoso, uma mangueira de engate rápido com o conector de gás do tipo ball lock e o adaptador. As garrafas de água sem gás são mais finas que as gasosas e podem se romper quando aplicar a pressão. Por isso as gasosas são mais recomendadas.
O processo é simples.
Utilizando a garrafa PET de 1,5 litros, eu encho até atingir mais ou menos 1 litro. Em seguida coloco o adaptador e aperto a garrafa até que todo o ar saia. Fecho a garrafa com o adaptador. A garrafa vai ficar toda enrugada. Abro o cilindro de CO2 que já estará com a mangueira conectada e coloco um pouco de pressão. (0,5 bar). Conecto o equipamento na garrafa. Imediatamente a garrafa se enche de CO2. Feito isso, aplico a pressão desejada (algo em torno de 1,75 bar) e desconecto.
Agora é hora de usar os braços. Chacoalhe bastante a garrafa. Você vai ver que ela vai murchar um pouco. Isso é porque o CO2 inerido começa a se solubilizar na cerveja. Faça isso por uns 30 segundos e reconecte a mangueira na garrafa. Você vai ver que o CO2 torna a entrar e se estabiliza. Repita essa operação algumas vezes. Eu normalmente faço umas 6 ou 8 vezes. Isso não leva mais que 10 minutos. Já vai estar pronto.
É muito importante que a cerveja esteja bem gelada. Acima de 20 ºC o CO2 não se solubiliza na água e o processo não funciona. Quanto menor a temperatura da cerveja, mais rápida e eficiente é a carbonatação.
Agora vem a segunda parte.
Eu separo de 4 a 5 copos iguais onde vou colocar as amostras de cerveja com as várias dosagens de extrato de lúpulo. Em cada amostra eu coloco 200ml da cerveja porém em cada copo vão 0, 1, 2, 3 ou até 4 gotas do extrato. Assim eu tenho uma ideia de quantas gotas por litro eu estou aplicando. Uma simples regra de três. Proporção seria 0, 5, 10, 15, 20.
Bom, chegou a hora de provar! Aí vai do seu paladar e da sua sensibilidade. Se o copo escolhido ficou entre o segundo e o terceiro, uma dosagem de 7 gotas pode ser o ideal. Mas se foi entre o terceiro e o quarto, algo perto de 12 gotas. Cada um com o seu estilo. No meu caso, achei que 7 gotas por litro seria o ideal. Como foram 18 litros efetivamente aproveitados, eu usei 130 gotas de extrato, que coloquei no postmix antes de introduzir a cerveja.
O resultado... pena que não dá pra passar a amostra da cerveja aqui no site, mas ficou muito boa. Para dar um toque a mais, fiz um "fast dryhop", mas isso é papo pra outro artigo.
Saúde!
Written on Quarta, 14 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Neste artigo vou mostrar uma técnica que está sendo muito utilizada entre os cervejeiros caseiros. O "express carbonator".
E o que é isso?
É uma técnica de carbonatação da cerveja, utilizando-se para isso uma garrafa PET, com o auxílio de um equipamento especial. O Express carbonator.
E qual é o objetivo?
Muita gente pode achar que este equipamento serve pra carbonatar a cerveja e beber, mas eu prefiro dizer que ela serve para dar uma pré-estreia da cerveja e permitir que você tenha um tempo pra definir qual o "tempero" que você vai dar para sua cerveja.
Eu explico!
Certa vez eu fiz 20 litros de cerveja. Como o objetivo era uma IPA, seria importante que ela tivesse um amargor presente. Para isso eu utilizei um extrato de lúpulo que pode ser adicionado à bebida depois de pronta. A questão é: Quanto? Não sei. Só provando.
A ideia é adicionar o extrato antes de carbonatar, mas o ideal seria testar antes para se ter a ideia de quanto colocar. Não queria uma IPA fraquinha muito menos um treco amargo que nem chá de boldo.
Então qual é a ideia?
Carbonatar um litro desta cerveja utilizando uma garrafa PET e o express carbonator. Para isso é necessário um cilindro de CO2 com manômetro, um garrafa PET preferencialmente de refrigerante gasoso, uma mangueira de engate rápido com o conector de gás do tipo ball lock e o adaptador. As garrafas de água sem gás são mais finas que as gasosas e podem se romper quando aplicar a pressão. Por isso as gasosas são mais recomendadas.
O processo é simples.
Utilizando a garrafa PET de 1,5 litros, eu encho até atingir mais ou menos 1 litro. Em seguida coloco o adaptador e aperto a garrafa até que todo o ar saia. Fecho a garrafa com o adaptador. A garrafa vai ficar toda enrugada. Abro o cilindro de CO2 que já estará com a mangueira conectada e coloco um pouco de pressão. (0,5 bar). Conecto o equipamento na garrafa. Imediatamente a garrafa se enche de CO2. Feito isso, aplico a pressão desejada (algo em torno de 1,75 bar) e desconecto.
Agora é hora de usar os braços. Chacoalhe bastante a garrafa. Você vai ver que ela vai murchar um pouco. Isso é porque o CO2 inerido começa a se solubilizar na cerveja. Faça isso por uns 30 segundos e reconecte a mangueira na garrafa. Você vai ver que o CO2 torna a entrar e se estabiliza. Repita essa operação algumas vezes. Eu normalmente faço umas 6 ou 8 vezes. Isso não leva mais que 10 minutos. Já vai estar pronto.
É muito importante que a cerveja esteja bem gelada. Acima de 20 ºC o CO2 não se solubiliza na água e o processo não funciona. Quanto menor a temperatura da cerveja, mais rápida e eficiente é a carbonatação.
Agora vem a segunda parte.
Eu separo de 4 a 5 copos iguais onde vou colocar as amostras de cerveja com as várias dosagens de extrato de lúpulo. Em cada amostra eu coloco 200ml da cerveja porém em cada copo vão 0, 1, 2, 3 ou até 4 gotas do extrato. Assim eu tenho uma ideia de quantas gotas por litro eu estou aplicando. Uma simples regra de três. Proporção seria 0, 5, 10, 15, 20.
Bom, chegou a hora de provar! Aí vai do seu paladar e da sua sensibilidade. Se o copo escolhido ficou entre o segundo e o terceiro, uma dosagem de 7 gotas pode ser o ideal. Mas se foi entre o terceiro e o quarto, algo perto de 12 gotas. Cada um com o seu estilo. No meu caso, achei que 7 gotas por litro seria o ideal. Como foram 18 litros efetivamente aproveitados, eu usei 130 gotas de extrato, que coloquei no postmix antes de introduzir a cerveja.
O resultado... pena que não dá pra passar a amostra da cerveja aqui no site, mas ficou muito boa. Para dar um toque a mais, fiz um "fast dryhop", mas isso é papo pra outro artigo.
Saúde!
Duas, três ou quatro panelas
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
As próximas configurações requerem um pouco mais de gasto pois você terá panelas específicas para coisas específicas.
Duas panelas
Neste caso, ao invés de usar um saco utilizaremos um filtro chamado bazuca que tem a finalidade de reter os grãos e permitir que somente o mosto saia pela torneira. Como os grãos estão em contato direto com o fundo da panela é aconselhável que se mantenha a mistura em movimento sempre que o fogo estiver aceso. Ao final da mostura, faz-se a transferência do líquido para outra panela que será utilizada para a fervura.
Você pode fazer a lavagem dos grãos utilizando uma água previamente aquecida e jogar por cima do malte. Evite concentrar o fluxo em um lugar só.
Uma outra opção é utilizar um fundo falso. Neste caso você não poderá deixar o líquido parado no fundo sob pena dele caramelizar e para isso será necessário a utilização de uma bomba de recirculação. Você pode usar uma dessas bombinhas de máquina de lavar que suportam temperaturas mais altas, mas o ideal é uma bomba específica, podendo ser de inox ou plástico alimentício. Essas bombas são facilmente encontradas no mercado.
Importante
Faça com que o líquido, ao voltar para a panela, não caia somente em um lugar. É conveniente fazer um chuveiro, observando e cuidando para evitar entupimentos. A vantagem deste método é ter o mosto filtrado durante o cozimento gerando cervejas bem menos turvas no final.
Por estar o tempo todo recirculando, não há necessidade de ficar mexendo o mosto durante todo o tempo, e assim ficando o cervejeiro com a tarefa de apenas controlar a temperatura.
Smartmash
Este é um aparelho fantástico que uso há quatro anos, para fazer o controle da temperatura. Você programa a receita com as rampas de temperatura e o aparelho faz todo o resto com muita segurança. É muito bom. Vale a pena!
A terceira panela, a de água, que embora já possa estar sendo usada no processo, agora oficializamos e incluímos no conjunto. Na cozinha de quatro panelas a mostura é feita com um agitador para aumentar a eficiência e depois toda a mistura é levada para uma panela de filtragem onde pode ficar por até duas horas filtrando. Ao final da filtragem o líquido é enviado para a fervura, pra terminar o processo.
Eu tenho uma cozinha de três panelas, sendo 50 litros para água, 60 litros para mostura e 70 listros para fervura. Isso me permite fazer até 60 litros de cerveja por brasagem, sem diluição.
Na panela de mostura, além do fundo falso, eu uso uma malha ortopédica de 30 cm para reter os grãos. Isso diminui a possibilidade de entupimento e facilita a retirada dos grãos no final.
Minhas brasagens são, normalmente, de 50 litros, já que esta é a capacidade do meu fermentador.
Ein prosit!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
As próximas configurações requerem um pouco mais de gasto pois você terá panelas específicas para coisas específicas.
Duas panelas
Neste caso, ao invés de usar um saco utilizaremos um filtro chamado bazuca que tem a finalidade de reter os grãos e permitir que somente o mosto saia pela torneira. Como os grãos estão em contato direto com o fundo da panela é aconselhável que se mantenha a mistura em movimento sempre que o fogo estiver aceso. Ao final da mostura, faz-se a transferência do líquido para outra panela que será utilizada para a fervura.
Você pode fazer a lavagem dos grãos utilizando uma água previamente aquecida e jogar por cima do malte. Evite concentrar o fluxo em um lugar só.
Uma outra opção é utilizar um fundo falso. Neste caso você não poderá deixar o líquido parado no fundo sob pena dele caramelizar e para isso será necessário a utilização de uma bomba de recirculação. Você pode usar uma dessas bombinhas de máquina de lavar que suportam temperaturas mais altas, mas o ideal é uma bomba específica, podendo ser de inox ou plástico alimentício. Essas bombas são facilmente encontradas no mercado.
Importante
Faça com que o líquido, ao voltar para a panela, não caia somente em um lugar. É conveniente fazer um chuveiro, observando e cuidando para evitar entupimentos. A vantagem deste método é ter o mosto filtrado durante o cozimento gerando cervejas bem menos turvas no final.
Por estar o tempo todo recirculando, não há necessidade de ficar mexendo o mosto durante todo o tempo, e assim ficando o cervejeiro com a tarefa de apenas controlar a temperatura.
Smartmash
Este é um aparelho fantástico que uso há quatro anos, para fazer o controle da temperatura. Você programa a receita com as rampas de temperatura e o aparelho faz todo o resto com muita segurança. É muito bom. Vale a pena!
A terceira panela, a de água, que embora já possa estar sendo usada no processo, agora oficializamos e incluímos no conjunto. Na cozinha de quatro panelas a mostura é feita com um agitador para aumentar a eficiência e depois toda a mistura é levada para uma panela de filtragem onde pode ficar por até duas horas filtrando. Ao final da filtragem o líquido é enviado para a fervura, pra terminar o processo.
Eu tenho uma cozinha de três panelas, sendo 50 litros para água, 60 litros para mostura e 70 listros para fervura. Isso me permite fazer até 60 litros de cerveja por brasagem, sem diluição.
Na panela de mostura, além do fundo falso, eu uso uma malha ortopédica de 30 cm para reter os grãos. Isso diminui a possibilidade de entupimento e facilita a retirada dos grãos no final.
Minhas brasagens são, normalmente, de 50 litros, já que esta é a capacidade do meu fermentador.
Ein prosit!
Kit gás
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Num kit a gás você pode ter várias configurações, desde uma panela até quatro. Eu uso uma configuração de três panelas. Vamos a elas.
Uma panela - BIAB
Esta e a configuração mais simples chamada de BIAB ou Brew In A Bag. Cozinhar num saco.
Você utiliza um saco fechado (brew bag) que pode ser de voil ou malha ortopédica. Eu prefiro a malha ortopédica ser mais barata e descartável. Serve para filtrar e jogar o bagaço fora. O tamanho da panela vai determinar a quantidade de cerveja que você vai fazer. Coloque sempre um pouco acima, pois a água aumenta de volume quando aquece (4%) e você perde muito líquido no fundo e na evaporação. Então para fazer 10 litros sugiro uma panela de 15 litros.
Se o seu gás é de rua, não adianta comprar uma panela maior que 25 litros. Você vai ter muita dificuldade para ferver isso. Eu comprei um de 32 e tinha que usar 2 bocas do fogão.
Você vai precisar se um termômetro para controlar a temperatura. Eu sugiro um daqueles eletrônicos de R$ 25,00 que você coloca dentro do mosto e cola ele na parede para acompanhar.
Durante o cozimento você deve manter a temperatura constante. Para melhor aproveitamento é bom você ficar mexendo a mistura. Isso facilita que a água passe pelos grãos. Além disso, se o fogo estiver aceso, não pare de mexer, pois caso contrário você pode acabar caramelizando o mosto, que não seria bom.
Ao final da mostura, retire o saco da panela para deixar somente o líquido. Você pode fazer a lavagem dos grãos para tentar tirar mais açúcar. Não se esqueça de verificar o nível de água da panela antes da fervura.
Você pode instalar uma torneira para facilitar a retirada do líquido ou usar o auto sifão e tirar o mosto por cima. Isso permite que você não fure a panela. Caso opte por furá-la eu sugiro que o faça conforme a foto que eu coloquei. Isso facilita segurar a panela caso você queira tombá-la para extrair uma maior quantidade de líquido.
As outras configurações de panelas veremos nos próximos posts.
Saúde!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Num kit a gás você pode ter várias configurações, desde uma panela até quatro. Eu uso uma configuração de três panelas. Vamos a elas.
Uma panela - BIAB
Esta e a configuração mais simples chamada de BIAB ou Brew In A Bag. Cozinhar num saco.
Você utiliza um saco fechado (brew bag) que pode ser de voil ou malha ortopédica. Eu prefiro a malha ortopédica ser mais barata e descartável. Serve para filtrar e jogar o bagaço fora. O tamanho da panela vai determinar a quantidade de cerveja que você vai fazer. Coloque sempre um pouco acima, pois a água aumenta de volume quando aquece (4%) e você perde muito líquido no fundo e na evaporação. Então para fazer 10 litros sugiro uma panela de 15 litros.
Se o seu gás é de rua, não adianta comprar uma panela maior que 25 litros. Você vai ter muita dificuldade para ferver isso. Eu comprei um de 32 e tinha que usar 2 bocas do fogão.
Você vai precisar se um termômetro para controlar a temperatura. Eu sugiro um daqueles eletrônicos de R$ 25,00 que você coloca dentro do mosto e cola ele na parede para acompanhar.
Durante o cozimento você deve manter a temperatura constante. Para melhor aproveitamento é bom você ficar mexendo a mistura. Isso facilita que a água passe pelos grãos. Além disso, se o fogo estiver aceso, não pare de mexer, pois caso contrário você pode acabar caramelizando o mosto, que não seria bom.
Ao final da mostura, retire o saco da panela para deixar somente o líquido. Você pode fazer a lavagem dos grãos para tentar tirar mais açúcar. Não se esqueça de verificar o nível de água da panela antes da fervura.
Você pode instalar uma torneira para facilitar a retirada do líquido ou usar o auto sifão e tirar o mosto por cima. Isso permite que você não fure a panela. Caso opte por furá-la eu sugiro que o faça conforme a foto que eu coloquei. Isso facilita segurar a panela caso você queira tombá-la para extrair uma maior quantidade de líquido.
As outras configurações de panelas veremos nos próximos posts.
Saúde!
Kit elétrico
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
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Blog DuCoreta
Se você achou de montar seu kit, parabéns. Espero que este artigo venha a auxiliar você na escolha. Neste artigo vou falar sobre máquinas elétricas.
Como falei no artigo anterior, máquinas elétricas são boas para pouco espaço e pequenas quantidades, de até 25 litros. Antes de comprar você deve considerar algumas coisas.
Todas as máquinas que conheci são 220V. Se na sua casa não tem isso, você tem a opção de adquirir um transformador de 110 para 220. Isso vai aumentar o seu custo mas, é uma solução.
Elas se intitulam single vessel. Uma panela, mas não são iguais.
Todas possuem um controlador onde a receita é inserida de forma a determinar quais temperaturas deverão ser atingidas e durante quanto tempo. Todas trabalham por recirculação contínua, ou seja, existe uma bomba que força a circulação da água pelo malte para ativar o cozimento. Isso evita ter que ficar mexendo a panela o tempo todo. Além disso, na medida em que o líquido vai passando pelos grãos, este vai sendo naturalmente filtrado, onde a casca do malte funciona de filtro. Ao final da brassagem você já tem uma cerveja límpida, pulando assim a etapa de filtragem.
Algumas máquinas, como a Beerbrew, utilizam recirculação positiva (de cima para baixo) e outras como a Beermax, fazem a reversa (de baixo para cima).
Especialistas afirmam que a circulação reversa traz mais eficiência na mostura. Já a positiva facilita a filtragem dos grãos e a cerveja fica mais límpida. Outra coisa que você deve se atentar é o material que a panela é feita, se alumínio ou aço inox. O inox 304 é sempre mais resistente e durável. Já o 201 pode apresentar falhas e ser menos resistente à abrasão. O alumínio utilizado na Beermax é de qualidade alimentícia.
Ao final do processo de mostura você terá que retirar o malte de dentro da panela para poder ferver e isso pode ser complicado se você tiver mais de 6 kg na panela. Lembre-se que ele estará encharcado e com isso seu peso quase dobra. Além do peso tem a temperatura que estará por volta de 80 graus. Encostar a panela nessa temperatura não é agradável.
Existem equipamentos para mais de 25 litros, mas esta etapa vai necessitar de uma ajuda para tirar o malte. A maioria deles possui um aparelho para retirar o cesto.
Na maioria dessas panelas não se faz lavagem dos grãos. Toda a água é inserida no início do processo e quando o cesto é levantado, apenas deixa-se escorrer. Para se ter uma ideia, a Beermax 25 possui uma panela de 40 litros pois para fazer os vinte e poucos litros você terá que colocar 6 kg de malte e praticamente 34 litros de água. Uma boa parte fica retida nas cascas e outra boa parte evapora durante a fervura.
Pode-se fazer a mostura com menos água e posteriormente lavar os grãos para retirar o máximo de açúcar possível. Neste caso, você terá que aquecer a água de lavagem de alguma maneira, pois só há uma panela pra tudo.
O tempo total de produção gira em torno de quatro horas e por ser apenas uma panela o processo de limpeza costuma ser muito rápido.
Após a fervura você terá que esfriar o mosto. A Beermax já vem com um pequeno chiller pra isso, mas o ideal é usar um com pelo menos 15 metros de comprimento. Há outras opções de resfriamento, e falaremos disso mais tarde.
Você consegue comprar um equipamento desses a partir de R$ 2.500,00 a R$ 4.000,00. Procure, analise e estude bem antes de começar a gastar.
Saúde!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Se você achou de montar seu kit, parabéns. Espero que este artigo venha a auxiliar você na escolha. Neste artigo vou falar sobre máquinas elétricas.
Como falei no artigo anterior, máquinas elétricas são boas para pouco espaço e pequenas quantidades, de até 25 litros. Antes de comprar você deve considerar algumas coisas.
Todas as máquinas que conheci são 220V. Se na sua casa não tem isso, você tem a opção de adquirir um transformador de 110 para 220. Isso vai aumentar o seu custo mas, é uma solução.
Elas se intitulam single vessel. Uma panela, mas não são iguais.
Todas possuem um controlador onde a receita é inserida de forma a determinar quais temperaturas deverão ser atingidas e durante quanto tempo. Todas trabalham por recirculação contínua, ou seja, existe uma bomba que força a circulação da água pelo malte para ativar o cozimento. Isso evita ter que ficar mexendo a panela o tempo todo. Além disso, na medida em que o líquido vai passando pelos grãos, este vai sendo naturalmente filtrado, onde a casca do malte funciona de filtro. Ao final da brassagem você já tem uma cerveja límpida, pulando assim a etapa de filtragem.
Algumas máquinas, como a Beerbrew, utilizam recirculação positiva (de cima para baixo) e outras como a Beermax, fazem a reversa (de baixo para cima).
Especialistas afirmam que a circulação reversa traz mais eficiência na mostura. Já a positiva facilita a filtragem dos grãos e a cerveja fica mais límpida. Outra coisa que você deve se atentar é o material que a panela é feita, se alumínio ou aço inox. O inox 304 é sempre mais resistente e durável. Já o 201 pode apresentar falhas e ser menos resistente à abrasão. O alumínio utilizado na Beermax é de qualidade alimentícia.
Ao final do processo de mostura você terá que retirar o malte de dentro da panela para poder ferver e isso pode ser complicado se você tiver mais de 6 kg na panela. Lembre-se que ele estará encharcado e com isso seu peso quase dobra. Além do peso tem a temperatura que estará por volta de 80 graus. Encostar a panela nessa temperatura não é agradável.
Existem equipamentos para mais de 25 litros, mas esta etapa vai necessitar de uma ajuda para tirar o malte. A maioria deles possui um aparelho para retirar o cesto.
Na maioria dessas panelas não se faz lavagem dos grãos. Toda a água é inserida no início do processo e quando o cesto é levantado, apenas deixa-se escorrer. Para se ter uma ideia, a Beermax 25 possui uma panela de 40 litros pois para fazer os vinte e poucos litros você terá que colocar 6 kg de malte e praticamente 34 litros de água. Uma boa parte fica retida nas cascas e outra boa parte evapora durante a fervura.
Pode-se fazer a mostura com menos água e posteriormente lavar os grãos para retirar o máximo de açúcar possível. Neste caso, você terá que aquecer a água de lavagem de alguma maneira, pois só há uma panela pra tudo.
O tempo total de produção gira em torno de quatro horas e por ser apenas uma panela o processo de limpeza costuma ser muito rápido.
Após a fervura você terá que esfriar o mosto. A Beermax já vem com um pequeno chiller pra isso, mas o ideal é usar um com pelo menos 15 metros de comprimento. Há outras opções de resfriamento, e falaremos disso mais tarde.
Você consegue comprar um equipamento desses a partir de R$ 2.500,00 a R$ 4.000,00. Procure, analise e estude bem antes de começar a gastar.
Saúde!
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
Era assim que os nossos antepassados faziam, mas se você quiser fazer algo com mais conforto e qualidade, precisará se equipar melhor. E nesta hora você tem que pensar bastante antes de começar a comprar por impulso. Caso contrário esta arriscado a gastar muito e acabar se arrependendo.
Antes de mais nada, veja se você tem condições pra fazer cerveja.
Se você mora em apartamento, considere a possibilidade de adquirir uma máquina elétrica. Ocupa pouco espaço e dá menos bagunça. Em compensação, a grande maioria delas é 220v. Se você tem isso em casa, maravilha. Se não, vai ser complicado. Essas máquinas elétricas de 25 litros costumam ter perto de 3000w, e com isso o gasto total de energia não chega a 6000w, gerando um custo aproximado de R$10,00 por brasagem.
A outra coisa a ver é o tamanho do seu kit.
Mais uma vez: se você mora em apartamento e seu fogão é abastecido com gás de rua, não passe de 20 litros. Ferver mais de 20 litros num fogão caseiro é uma enorme dificuldade. Existem kits a partir de 5 litros.
Quando comecei, comprei um kit pra fazer 10 litros com uma única panela. Isso dá no máximo 15 garrafas de 600 ml, leva 30 dias pra ficar pronto e dura pouco mais de 2 semanas. E aí você descobre que o trabalho que dá para fazer 10 litros, você bem pode fazer 20 litros.
Agora, se você tem espaço e disposição, pode fazer como eu. Hoje tenho três panelas (50, 60 e 70 litros) e faço 50 litros por vez. Na realidade, 45. Tudo depende da disponibilidade de espaço e da disposição de fazer e beber cerveja.
Lembre-se que a produção caseira é liberada apenas para consumo próprio. Você não pode carregar, vender e pasme... nem mesmo doar! Esta cerveja não possui registro. Ou seja, a cerveja caseira só pode ser consumida na sua casa para você e seus amigos.
Mesmo assim eu acho que vale a pena.
Saúde!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
Era assim que os nossos antepassados faziam, mas se você quiser fazer algo com mais conforto e qualidade, precisará se equipar melhor. E nesta hora você tem que pensar bastante antes de começar a comprar por impulso. Caso contrário esta arriscado a gastar muito e acabar se arrependendo.
Antes de mais nada, veja se você tem condições pra fazer cerveja.
Se você mora em apartamento, considere a possibilidade de adquirir uma máquina elétrica. Ocupa pouco espaço e dá menos bagunça. Em compensação, a grande maioria delas é 220v. Se você tem isso em casa, maravilha. Se não, vai ser complicado. Essas máquinas elétricas de 25 litros costumam ter perto de 3000w, e com isso o gasto total de energia não chega a 6000w, gerando um custo aproximado de R$10,00 por brasagem.
A outra coisa a ver é o tamanho do seu kit.
Mais uma vez: se você mora em apartamento e seu fogão é abastecido com gás de rua, não passe de 20 litros. Ferver mais de 20 litros num fogão caseiro é uma enorme dificuldade. Existem kits a partir de 5 litros.
Quando comecei, comprei um kit pra fazer 10 litros com uma única panela. Isso dá no máximo 15 garrafas de 600 ml, leva 30 dias pra ficar pronto e dura pouco mais de 2 semanas. E aí você descobre que o trabalho que dá para fazer 10 litros, você bem pode fazer 20 litros.
Agora, se você tem espaço e disposição, pode fazer como eu. Hoje tenho três panelas (50, 60 e 70 litros) e faço 50 litros por vez. Na realidade, 45. Tudo depende da disponibilidade de espaço e da disposição de fazer e beber cerveja.
Lembre-se que a produção caseira é liberada apenas para consumo próprio. Você não pode carregar, vender e pasme... nem mesmo doar! Esta cerveja não possui registro. Ou seja, a cerveja caseira só pode ser consumida na sua casa para você e seus amigos.
Mesmo assim eu acho que vale a pena.
Saúde!
A fase fria
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.
Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.
Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.
Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.
Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.
Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.
Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.
Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.
No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.
Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.
Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.
Ein Prosit!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.
Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.
Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.
Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.
Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.
Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.
Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.
Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.
No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.
Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.
Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.
Ein Prosit!
A fase quente
Written on
Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Em continuação ao artigo anterior vamos detalhar um pouco a fase quente.
Em linhas gerais a produção de cerveja é baseada no cozimento do malte. Graças às maltearias, hoje a gente já compra o malte pronto, torrado na medida da receita.
O tão falado malte é o produto de uma germinação controlada e dessecação dos cereais, que produz enzimas que modificam as substâncias da semente, que pode ser usado para a produção de bebidas.
O malte forma-se a partir de sementes de cereal que são embebidas ou encharcadas com água fria. Quando o grão absorve o máximo possível de água (teor de umidade de aproximadamente 45%), dá-se a germinação, sob estímulo de um hormônio vegetal. O resultado do processo é chamado de malte verde. Colorações entre o vermelho e o preto são adquiridas quando o malte é tostado e a tonalidade depende do grau de torra. Este processo tem a finalidade de fazer um pré cozimento no cereal para desenvolver suas características de sabor, aroma e cor.
Primeira conclusão: Escolha a cerveja que você vai fazer e compre os ingredientes de acordo com a receita.
Não sabe onde arrumar receitas? No final do artigo vou colocar um link para um site americano com mais de 230.000 receitas de todo tipo de cerveja.
A funcão do cozimento é extrair do malte o açúcar que será utilizado na fermentação. Para isso o malte deve ser moído, mas não triturado, e cozido em temperaturas específicas durante tempos determinados. A este processo damos o nome de mostura.
Feita a mostura, voce vai precisar separar o líquido do sólido filtrando sua cerveja o máximo possível e lavar o malte para extrair ao máximo o açúcar produzido. Toda esta etapa leva em torno de duas horas. Há vários processos pra isso que falaremos mais tarde. Ninguém quer beber uma cerveja que tem coisas flutuando dentro dela, né... Quanto mais filtrada ela for, melhor será a sua aparência e sabor.
Agora que a cerveja está limpa, precisamos fervê-la para garantir que todos os micróbios possíveis e imagináveis sejam eliminados. E nesta hora que adicionamos alguns ingredientes que darão o sabor, aroma e amargor que a nossa receita pede. A fervura é a etapa final da fase quente e dura em torno de 60 a 90 minutos.
O próximo artigo é sobre a fase fria.
E aqui, segue um bom site com ótimas receitas:
https://www.brewersfriend.com/search/
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Em continuação ao artigo anterior vamos detalhar um pouco a fase quente.
Em linhas gerais a produção de cerveja é baseada no cozimento do malte. Graças às maltearias, hoje a gente já compra o malte pronto, torrado na medida da receita.
O tão falado malte é o produto de uma germinação controlada e dessecação dos cereais, que produz enzimas que modificam as substâncias da semente, que pode ser usado para a produção de bebidas.
O malte forma-se a partir de sementes de cereal que são embebidas ou encharcadas com água fria. Quando o grão absorve o máximo possível de água (teor de umidade de aproximadamente 45%), dá-se a germinação, sob estímulo de um hormônio vegetal. O resultado do processo é chamado de malte verde. Colorações entre o vermelho e o preto são adquiridas quando o malte é tostado e a tonalidade depende do grau de torra. Este processo tem a finalidade de fazer um pré cozimento no cereal para desenvolver suas características de sabor, aroma e cor.
Primeira conclusão: Escolha a cerveja que você vai fazer e compre os ingredientes de acordo com a receita.
Não sabe onde arrumar receitas? No final do artigo vou colocar um link para um site americano com mais de 230.000 receitas de todo tipo de cerveja.
A funcão do cozimento é extrair do malte o açúcar que será utilizado na fermentação. Para isso o malte deve ser moído, mas não triturado, e cozido em temperaturas específicas durante tempos determinados. A este processo damos o nome de mostura.
Feita a mostura, voce vai precisar separar o líquido do sólido filtrando sua cerveja o máximo possível e lavar o malte para extrair ao máximo o açúcar produzido. Toda esta etapa leva em torno de duas horas. Há vários processos pra isso que falaremos mais tarde. Ninguém quer beber uma cerveja que tem coisas flutuando dentro dela, né... Quanto mais filtrada ela for, melhor será a sua aparência e sabor.
Agora que a cerveja está limpa, precisamos fervê-la para garantir que todos os micróbios possíveis e imagináveis sejam eliminados. E nesta hora que adicionamos alguns ingredientes que darão o sabor, aroma e amargor que a nossa receita pede. A fervura é a etapa final da fase quente e dura em torno de 60 a 90 minutos.
O próximo artigo é sobre a fase fria.
E aqui, segue um bom site com ótimas receitas:
https://www.brewersfriend.com/search/
Trasfegando para o postmix
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Segundo o artigo sobre " Do fermentador à garrafa sem contato com o ar ", este artigo falará sobre o processo de trasfega para o postmix e subsequente carbonatação.
Primeiramente você deve conhecer seu equipamento, portanto pese seu postmix vazio. Quando ele estiver cheio você saberá quantos litros colocou. O meu deu 4,5kg. Pese também o seu balde cheio. O balde de 22 litros com tampa tem em média 1kg. O meu deu 17,5 Kg, o que deve dar 16,5 litros. Como fica sempre um resto no fundo, vou considerar que entrarão 16 litros.
No artigo anterior, estávamos com o balde no maturador que foi trasfegado sem contato com o ar. O mesmo princípio faremos agora.
Desta vez, após sanitizarmos o postmix, pressurizo-o utilizando a saída de líquido, pois ela inserirá o CO2 por baixo. Utilize a entrada de gás para sentir o cheiro do CO2. Quando você estiver sentindo, significa que o postmix já tem CO2 suficiente. Desconecte-o do cilindro e deixe a pressão sair. O postmix ficará cheio de gás mas em pressão ambiente. Nada mais que 0,5 Bar é necessário.
Agora, ligue a saída de líquido do postmix no balde de maturação, retire o airlock do balde e abra a torneira. A medida que a cerveja entra você pode sentir o CO2 saindo pela mangueira de gás. Como a espectativa era 16 litros, não há possibilidade de transbordar. Lembre-se que os 19 litros é a "capacidade nominal", pois normalmente não cabe mais que 18 litros. Além disso, você vai precisar de um "headspace" para carbonatar a cerveja.
O mesmo processo pode ser feito com barril, porém é comum as extratoras possuírem válvulas de retenção que impedem o retorno do fluxo, tanto de gás quanto de líquido. Retire estas válvulas para o processo e recoloque-as no final.
Como a torneira é instalada na lateral do balde, a gente acaba sempre perdendo algo em torno de 0,5 litros de cerveja. Neste fundo morto vão estar os resíduos da fermentação que foram decantados pelo processo de cold-crash. Com isso, sua cerveja vai ficar mais límpida. Pelo menos é o que se espera.
Terminado o processo, eu pesei o postmix e ele acusou 20,3 Kg, que descontados os 4,5 Kg deu praticamente 16 litros de cerveja.
Feita a trasfega, eu abri o balde para ver o que deixou de ir para a cerveja por conta do coldcrash. As fotos falam por sí. A cerveja em questão é uma Weiss, que aqui mais parece um doce de leite.
No próximo artigo falaremos sobre a carbonatação rápida.
Saúde!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Segundo o artigo sobre " Do fermentador à garrafa sem contato com o ar ", este artigo falará sobre o processo de trasfega para o postmix e subsequente carbonatação.
Primeiramente você deve conhecer seu equipamento, portanto pese seu postmix vazio. Quando ele estiver cheio você saberá quantos litros colocou. O meu deu 4,5kg. Pese também o seu balde cheio. O balde de 22 litros com tampa tem em média 1kg. O meu deu 17,5 Kg, o que deve dar 16,5 litros. Como fica sempre um resto no fundo, vou considerar que entrarão 16 litros.
No artigo anterior, estávamos com o balde no maturador que foi trasfegado sem contato com o ar. O mesmo princípio faremos agora.
Desta vez, após sanitizarmos o postmix, pressurizo-o utilizando a saída de líquido, pois ela inserirá o CO2 por baixo. Utilize a entrada de gás para sentir o cheiro do CO2. Quando você estiver sentindo, significa que o postmix já tem CO2 suficiente. Desconecte-o do cilindro e deixe a pressão sair. O postmix ficará cheio de gás mas em pressão ambiente. Nada mais que 0,5 Bar é necessário.
Agora, ligue a saída de líquido do postmix no balde de maturação, retire o airlock do balde e abra a torneira. A medida que a cerveja entra você pode sentir o CO2 saindo pela mangueira de gás. Como a espectativa era 16 litros, não há possibilidade de transbordar. Lembre-se que os 19 litros é a "capacidade nominal", pois normalmente não cabe mais que 18 litros. Além disso, você vai precisar de um "headspace" para carbonatar a cerveja.
O mesmo processo pode ser feito com barril, porém é comum as extratoras possuírem válvulas de retenção que impedem o retorno do fluxo, tanto de gás quanto de líquido. Retire estas válvulas para o processo e recoloque-as no final.
Como a torneira é instalada na lateral do balde, a gente acaba sempre perdendo algo em torno de 0,5 litros de cerveja. Neste fundo morto vão estar os resíduos da fermentação que foram decantados pelo processo de cold-crash. Com isso, sua cerveja vai ficar mais límpida. Pelo menos é o que se espera.
Terminado o processo, eu pesei o postmix e ele acusou 20,3 Kg, que descontados os 4,5 Kg deu praticamente 16 litros de cerveja.
Feita a trasfega, eu abri o balde para ver o que deixou de ir para a cerveja por conta do coldcrash. As fotos falam por sí. A cerveja em questão é uma Weiss, que aqui mais parece um doce de leite.
No próximo artigo falaremos sobre a carbonatação rápida.
Saúde!
Pasteurização caseira
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Pasteurização é um processo que tem a finalidade de aumentar a durabilidade de um líquido. Este processo foi inventado pelo químico francês Louis Pasteur que descobriu a existência de micro-organismos, entre eles os fungos responsáveis pela produção da cerveja.
A Saccharomyces cerevisiae é a principal levedura utilizada em processos industriais de fermentação alcoólica.
Embora não seja comum o cervejeiro caseiro fazer, nada o impede. Se for fazer primming, a pasteurização só poderá ser feita após o período de carbonatação.
Se utilizar a carbonatação forçada, pode ser feita em seguida ao envase.
O processo é simples.
Eu tenho uma panela de 36 litros com fundo falso, bomba de recirculação, tampa com chuveiro e uma panela de fervura de 50 litros, ambas com registro de 1/2 polegada e engate rápido. Como auxiliar de brassagem eu tenho um aparelho chamado SmartMash que controla todo o processo. Em minha panela de fervura de 36 litros, com fundo falso, couberam 18 garrafas. Coloquei água fria na panela até que as garrafas ficassem quase todas cobertas, deixando apenas uma parte do gargalo de fora e em seguida retirei as garrafas.
Com a água que sobrou, liguei o fogo e com o auxílio do SmartMash regulei para mostura de 60 Cº por 20 minutos. Utilizei a bomba de recirculação para fazer um chuveiro dentro da panela e garantir a temperatura desejada. Quando atingiu 60 Cº, coloquei as garrafas dentro e iniciei a brassagem mantendo a bomba ligada. Faço isso com a tampa fechada, pois a recirculação vem pelo chuveiro instalado na tampa da panela. Ao término dos 20 minutos, desliguei tudo e transferi as garrafas para os engradados, onde dei um banho de água fria para dar um choque térmico na cerveja.
E agora é só colocar para gelar quando for beber. Pode deixar fora da geladeira tranquilamente que não vai estragar.
Alguns conselhos úteis
Utilize uma luva térmica e óculos de proteção pra evitar acidentes.
No envase da garrafa, deixe um espaço razoável para a expansão do gás. Se usar aquelas de 500 ml inglesa ou 600 ml antiga, deixe pelo menos metade do gargalo de fora. Se utilizar as caçulinhas, tente deixar o gargalo quase todo de fora.
Se carbonatar forçadamente, não ultrapasse o limite de 1.5 bar.
Se fizer com priming utilize um manômetro de garrafa pra ver quanto ficou. Mais de 2 bar de pressão em temperatura ambiente, quando colocada a 60 Cº pode causar explosão da garrafa.
Evite trabalhar com a tampa da panela aberta. Eu tive uma garrafa que explodiu e só não causou danos maiores porque a panela estava tampada.
Cuidado quando for pegar as garrafas na panela. Evite batê-las. Eu vi algumas com tanta pressão que borbulhavam na chapinha.
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Pasteurização é um processo que tem a finalidade de aumentar a durabilidade de um líquido. Este processo foi inventado pelo químico francês Louis Pasteur que descobriu a existência de micro-organismos, entre eles os fungos responsáveis pela produção da cerveja.
A Saccharomyces cerevisiae é a principal levedura utilizada em processos industriais de fermentação alcoólica.
Embora não seja comum o cervejeiro caseiro fazer, nada o impede. Se for fazer primming, a pasteurização só poderá ser feita após o período de carbonatação.
Se utilizar a carbonatação forçada, pode ser feita em seguida ao envase.
O processo é simples.
Eu tenho uma panela de 36 litros com fundo falso, bomba de recirculação, tampa com chuveiro e uma panela de fervura de 50 litros, ambas com registro de 1/2 polegada e engate rápido. Como auxiliar de brassagem eu tenho um aparelho chamado SmartMash que controla todo o processo. Em minha panela de fervura de 36 litros, com fundo falso, couberam 18 garrafas. Coloquei água fria na panela até que as garrafas ficassem quase todas cobertas, deixando apenas uma parte do gargalo de fora e em seguida retirei as garrafas.
Com a água que sobrou, liguei o fogo e com o auxílio do SmartMash regulei para mostura de 60 Cº por 20 minutos. Utilizei a bomba de recirculação para fazer um chuveiro dentro da panela e garantir a temperatura desejada. Quando atingiu 60 Cº, coloquei as garrafas dentro e iniciei a brassagem mantendo a bomba ligada. Faço isso com a tampa fechada, pois a recirculação vem pelo chuveiro instalado na tampa da panela. Ao término dos 20 minutos, desliguei tudo e transferi as garrafas para os engradados, onde dei um banho de água fria para dar um choque térmico na cerveja.
E agora é só colocar para gelar quando for beber. Pode deixar fora da geladeira tranquilamente que não vai estragar.
Alguns conselhos úteis
Utilize uma luva térmica e óculos de proteção pra evitar acidentes.
No envase da garrafa, deixe um espaço razoável para a expansão do gás. Se usar aquelas de 500 ml inglesa ou 600 ml antiga, deixe pelo menos metade do gargalo de fora. Se utilizar as caçulinhas, tente deixar o gargalo quase todo de fora.
Se carbonatar forçadamente, não ultrapasse o limite de 1.5 bar.
Se fizer com priming utilize um manômetro de garrafa pra ver quanto ficou. Mais de 2 bar de pressão em temperatura ambiente, quando colocada a 60 Cº pode causar explosão da garrafa.
Evite trabalhar com a tampa da panela aberta. Eu tive uma garrafa que explodiu e só não causou danos maiores porque a panela estava tampada.
Cuidado quando for pegar as garrafas na panela. Evite batê-las. Eu vi algumas com tanta pressão que borbulhavam na chapinha.
Fast carbonator - Um processo rápido e eficiente de carbonatação forçada
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Segunda, 19 Junho 2023 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Se você não é atleta, não gosta de fazer muita força ou quer um método super prático para carbonatar a sua cerveja, leia com atenção este artigo.
E vou mostrar aqui um equipamento que eu comprei, mas poderia ter feito em casa.
E constituído de uma bomba atóxica, um T de aço inox, dois conectores para engate rápido e uma pedra difusora de inox, devidamente encaixada numa bucha de inox. Esta peça é muito utilizada em cervejarias para fazer aeração da linha de mosto, quando está transferindo o mosto pro fermentador.
O princípio é simples. A bomba puxa a cerveja pela saída de líquido do postmix, entrando na tomada de baixo e devolve para o postmix pela entrada de gás. No meio do caminho aparece o CO2, que será inserido no líquido até a saturação.
Você poderá notar que a cerveja entra limpa (sem bolhas) por baixo e sai cheia de bolhas na parte de cima. Quando não houver mais bolhas, indica que o líquido está saturado e não entrara mais CO2 na cerveja. Esse processo dura em média 45 minutos pra um postmix de 19 litros, mas pode variar em função da temperatura da cerveja e da pressão desejada.
Uma das vantagens deste método é a automatização. Isso permite que você deixe a cerveja carbonatando, enquanto vai lavando as garrafas, arrumando as coisas ou comendo mais um pedaço de carne do seu churrasco.
A outra vantagem é poder determinar qual a pressão exata de carbonatação que você deseja para sua cerveja, sem ter que ficar medindo e sacudindo a toda hora.
Como eu queria uma solução rápida, comprei o aparelho pronto que custou R$ 350,00, mas isso foi há muito tempo. Coloquei no final do artigo links para os produtos no mercado livre, mas isso serve apenas como referência.
Um detalhe: este tipo de bomba não tem capacidade de sucção. Isso quer dizer que você vai ter que dar uma ajuda pra iniciar o processo, já que diferentemente das bombas que se usam em cisternas, não contamos com a famosa válvula de poço, que mantém a coluna cheia de líquido e permite que o líquido seja puxado.
Eu faço da seguinte maneira.
Conecto a mangueira de líquido no postmix na entrada da bomba e aplico uma pequena pressão (0,5 Bar).
Você vai ouvir o barulho do CO2 entrando. Quando diminuir o barulho, purgue a pressão na mangueira de saída da bomba. Isso fará com que o líquido suba e tente sair na sua mão.
Neste momento, ligue a bomba. Agora a cerveja não descerá. Coloque a mangueira de saída da bomba na entrada de gás do postmix. A cerveja começará a circular.
Faça isso o mais rápido possível para evitar que a cerveja comece a subir pelo tubo de gás em direção ao seu cilindro. Abra o CO2 e ajuste a pressão. Agora é só esperar. Eu coloquei 1,7 Bar.
No final, desligue a bomba. Se ficar cerveja nos tubos, basta um pouquinho mais de pressão na linha que ela volta pro lugar dela. Eu sou muito muquirana e não gosto de perder nem uma gota.
Depois de carbonatada, costumo deixar 24 horas dentro do freezer para o líquido descansar. Isso ajuda a clarificar a bebida, mas se você estiver com pressa, é só alegria!
Seguem abaixo os links dos materiais que podem ser usados para montar a bombinha.
Tê de inox : https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1732322073-te-90-aco-inox-304-rosca-fema-12-bsp-_JM
Pedra difusora: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2104772897-pedra-difusora-inox-2-micra-com-rosca-12-cerveja-artesanal-_JM
Conexão rápida DMFIT rosca macho: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2153005460-conexao-rapida-dmfit-rosca-macho-12-npt-x-tubo-38-_JM
Conexão rápida DMFIT rosca fêmea: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1784639049-dmfit-rosca-fmea-12-bsp-x-tubo-38-afab0607f-_JM
Kit completo já montado: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1816608181-sistema-com-bomba-para-carbonataco-cerveja-de-forma-rapida-_JM
Written on Segunda, 19 Junho 2023 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Se você não é atleta, não gosta de fazer muita força ou quer um método super prático para carbonatar a sua cerveja, leia com atenção este artigo.
E vou mostrar aqui um equipamento que eu comprei, mas poderia ter feito em casa.
E constituído de uma bomba atóxica, um T de aço inox, dois conectores para engate rápido e uma pedra difusora de inox, devidamente encaixada numa bucha de inox. Esta peça é muito utilizada em cervejarias para fazer aeração da linha de mosto, quando está transferindo o mosto pro fermentador.
O princípio é simples. A bomba puxa a cerveja pela saída de líquido do postmix, entrando na tomada de baixo e devolve para o postmix pela entrada de gás. No meio do caminho aparece o CO2, que será inserido no líquido até a saturação.
Você poderá notar que a cerveja entra limpa (sem bolhas) por baixo e sai cheia de bolhas na parte de cima. Quando não houver mais bolhas, indica que o líquido está saturado e não entrara mais CO2 na cerveja. Esse processo dura em média 45 minutos pra um postmix de 19 litros, mas pode variar em função da temperatura da cerveja e da pressão desejada.
Uma das vantagens deste método é a automatização. Isso permite que você deixe a cerveja carbonatando, enquanto vai lavando as garrafas, arrumando as coisas ou comendo mais um pedaço de carne do seu churrasco.
A outra vantagem é poder determinar qual a pressão exata de carbonatação que você deseja para sua cerveja, sem ter que ficar medindo e sacudindo a toda hora.
Como eu queria uma solução rápida, comprei o aparelho pronto que custou R$ 350,00, mas isso foi há muito tempo. Coloquei no final do artigo links para os produtos no mercado livre, mas isso serve apenas como referência.
Um detalhe: este tipo de bomba não tem capacidade de sucção. Isso quer dizer que você vai ter que dar uma ajuda pra iniciar o processo, já que diferentemente das bombas que se usam em cisternas, não contamos com a famosa válvula de poço, que mantém a coluna cheia de líquido e permite que o líquido seja puxado.
Eu faço da seguinte maneira.
Conecto a mangueira de líquido no postmix na entrada da bomba e aplico uma pequena pressão (0,5 Bar).
Você vai ouvir o barulho do CO2 entrando. Quando diminuir o barulho, purgue a pressão na mangueira de saída da bomba. Isso fará com que o líquido suba e tente sair na sua mão.
Neste momento, ligue a bomba. Agora a cerveja não descerá. Coloque a mangueira de saída da bomba na entrada de gás do postmix. A cerveja começará a circular.
Faça isso o mais rápido possível para evitar que a cerveja comece a subir pelo tubo de gás em direção ao seu cilindro. Abra o CO2 e ajuste a pressão. Agora é só esperar. Eu coloquei 1,7 Bar.
No final, desligue a bomba. Se ficar cerveja nos tubos, basta um pouquinho mais de pressão na linha que ela volta pro lugar dela. Eu sou muito muquirana e não gosto de perder nem uma gota.
Depois de carbonatada, costumo deixar 24 horas dentro do freezer para o líquido descansar. Isso ajuda a clarificar a bebida, mas se você estiver com pressa, é só alegria!
Seguem abaixo os links dos materiais que podem ser usados para montar a bombinha.
Tê de inox : https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1732322073-te-90-aco-inox-304-rosca-fema-12-bsp-_JM
Pedra difusora: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2104772897-pedra-difusora-inox-2-micra-com-rosca-12-cerveja-artesanal-_JM
Conexão rápida DMFIT rosca macho: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2153005460-conexao-rapida-dmfit-rosca-macho-12-npt-x-tubo-38-_JM
Conexão rápida DMFIT rosca fêmea: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1784639049-dmfit-rosca-fmea-12-bsp-x-tubo-38-afab0607f-_JM
Kit completo já montado: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1816608181-sistema-com-bomba-para-carbonataco-cerveja-de-forma-rapida-_JM